quinta-feira, 1 de julho de 2010

PANICO

Acho que passei um dos minutos mais angustiantes que uma mãe pode passar na vida. Perder um filho. Todas estamos sujeitas a isso, basta sermos mães. As vezes penso que a coisa mais difícil de ser mãe é a possibilidade constante de um dia deixar de ser. Estavamos na praia de Copacabana lotada. Quatro adultos para quatro crianças, fui fazer um telefonema no guarda-sol e deixei meu marido com os meus dois filhos perto do mar, onde estavam brincando. Antes de conseguir digitar os numeros no celular meu marido vem na direção do guarda-sol e grita. – O Martin esta ai? Eu não soube reagir, nada acontecia comigo, como se eu não tivesse processado a informação. Fiquei catatonica olhando para o telefone. Depois, de repente, me levantei e berrei o nome dele. Berrava e andava no meio dos guarda-sois. Tinha a sensação de que ninguem fazia nada, como se eu fosse um ET ou uma louca de rua, sei lá. Não tenho a menor idéia de quanto tempo passei berrando, só lembro de ter ouvido a voz da minha cunhada gritando: - Ele está ali!! Num primeiro momento, não precisei vê-lo. Cai sentada no chão como se minhas pernas não tivessem força mais para ficar de pé e depois de alguns segundos chorei e só depois fui vê-lo e ele não tinha nem se dado conta de nada. Tinha ido tomar uma ducha.

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